segunda-feira, 5 de julho de 2010

Doces Descobertas

Televisão no Brasil hoje, digam o que quiserem, ainda tem uma forte ligação com telenovela. Prova disso é a buca incessante das emissoras por realizarem bons trabalhos nessa área. Para isso, com certeza uma das necessidades é a presença de bons atores no elenco. Desta forma, coisa das que mais gosto é quando encontro novos e bons talentos. A novela Escrito nas Estrelas, que ultimamente aparece como uma das minhas queridinhas é um exemplo claro disso. Descobri um milhão de coisas gostosas na novelas, e dentre elas escolhi falar de dois atores que andam roubando a cena, um deles praticamente marinheiro de primeira viagem e novidade na televisão e o outro, um veterano consagrado.

Começo falando de Alexandre Nero, que já fez duas novelas da Globo mas ainda não alcançou o estrelato, apesar de estar quase lá. O moço começou em A Favorita em 2008, como o doce verdureiro apaixonado pela D. Catarina e logo depois embarcou em Paraíso, em 2010 no qual começou a ficar conhecido do público. Hoje, em Escrito nas Estrelas, o rapaz simplesmente dá um show de interpretação na pele de Gilmar, um vilão pra lá de convincente que é praticamente a chave de toda a trama.


O que me faz considerá-lo uma das grandes promessas da nossa teledramaturgia é essa sua capacidade camaleoa de fazer personagens completamente distintos, de maneiras distintas, sem cair no repetitivo. Alexandre está chegando à fama aos 40 anos, o que pode ser considerado tardio, mas também positivo, uma vez que a maturidade pode influenciar muito positivamente para a escolha de bons papéis. Tenho certeza que esse nome se tornará cada vez mais conhecido no Brasil, e cada vez mais valorizado. Futuro ele tem, sem dúvida nenhuma.


Outro caso que venho falar agora é de ninguém mais, ninguém menos que Humberto Martins. Falo, como uma daquelas que nunca se viu muito apaixonada pelo ator que vivia sem camisa nas telenovelas, fazendo o mesmo tipo. Foi assim em Uga Uga (2000) e em Kubanakan (2003), por exemplo. Nas telas desde Barriga de Aluguel (1990), Humberto é o registro oposto ao que falei de Alexandre Nero - é a forma clara de como um ator pode ser mau-aproveitado.



Talvez tomado pela falta de maturidade que falei anteriormente, o ator viveu anos dando vida à personagens idênticos e sem muita propriedade. Comecei a olhar de maneira diferente para ele no ano passado, enquanto fazia Caminho das Índias, como Ramiro Cadore. Bravo, fechado, complexo, ele já estava realmente diferente daquele descamisado que eu conhecia, mas foi nesta Escrito nas Estrelas como o médico Ricardo Aguillar e antes de mais nada, pai, que Humberto me convenceu totalmente. As cenas de amor ao filho perdido logo no início da novela arrancaram lágrimas dos mais durões. 20 anos depois de sua primeira aparição televiosionada, o ator finalmente convence. Palmas à essas doces descobertas da televisão brasileira.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Feira Cultural Inclusiva

(Divulgação - SMPED)

Você tem ideia de quantas pessoas com algum tipo de deficiência moram na cidade de São Paulo?

São cerca de 1,2 milhão de habitantes com algum tipo de deficiência. Com o objetivo de promover a cidadania, a inclusão social e combater o preconceito, no dia 27 de junho (domingo) a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e a Subprefeitura da Mooca promoverão a Feira Cultural Inclusiva na Praça Silvio Romero - Tatuapé. A festa terá atrações artístico-culturais, como capoeira, balé adaptado, música e teatro com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e com audiodescrição para o público com deficiência auditiva e visual. Haverá ainda demonstração do serviço de equoterapia, área de alimentação, feira de artesanato e presença de instituições de assistência voltadas à população com algum tipo de deficiência.

O público que comparecer ao evento também poderá tirar dúvidas sobre os serviços públicos voltados à pessoa com deficiência na cidade, como a Central de Intérpretes e Guia Interpretes de Libras – CELIG, o Bilhete Especial Gratuito, autorizações para estacionamento em vagas reservadas, núcleos de reabilitação, táxis adaptados, programas para inserção no mercado de trabalho, entre outros.

Haverá transporte adaptado gratuito até o local do evento pelo serviço Atende, no período das 9h às 17h, com saída e chegada na estação Tatuapé do Metrô.
Os organizadores esperam repetir o sucesso da primeira edição, realizada na Praça Benedito Calixto, em novembro de 2009, e que reuniu mais de 2 mil pessoas.

Serviço
Data: 27 de junho de 2010
Horário: das 10h às 17h
Entrada franca

terça-feira, 8 de junho de 2010

Mostra Cinema de Moda começa hoje em São Paulo

Entrando no embalo de uma das semanas mais badaladas da cidade de São Paulo, quando acontece nada mais nada menos que o São Paulo Fashion Week (SPFW), a Galeria Central juntamente com a Galeria Olido realiza a 2ª edição da mostra Cinema de Moda, que começa nesse dia 8 e vai até o dia 16.
A mostra pretende unir as duas artes distintas que são ao mesmo tempo, tão complementares: cinema e moda. Desta forma, o evento tem como objetivo desvendar ao grande público questões que envolvem a moda por meio do cinema. Para isso, conta com dezesseis curadores, sendo eles estilistas, professores, críticos e outros profissionais da área. Já a seleção dos filmes ficou por conta de jornalistas e criadores de moda, como é o caso de Constanza Pascolato.

Cena do filme brasileiro Zuzu Angel

Chama atenção a escolha dos mais variados filmes, abraçando clássicos como My Fair Lady, que conta com a inesquecível Audrey Hepburn e o aclamado Os Embalos de Sábado à Noite, que contagiaram o mundo com as calças boca de sino de um jovem e atraente John Travolta.

My Fair Lady - Um clássico!

Mas as escolhas vão além do óbvio. Alguns filmes surpreendem pela participação na mostra como é o caso de Clube da Luta, com Brad Pitt, e Entre Dois Amores com Meryl Streep e Robert Redford (tão jovens!). A mostra também conta com o indispensável, como é o caso do documentário Yves Saint Laurent - O Tempo Redescoberto.


Yves Saint Laurent


A idealização do projeto ficou por conta de Danilo Blanco e Fernando Zelman. O evento também tem ligação com a exposição Roupa de Domingo, que será inaugurada no mesmo período na Galeria Pontes. Lembrando que o ingresso para ambos cabe no bolso de qualquer um, apenas R$1,00.
Os dois eventos fazem parte do projeto 2º Circuito SP de Moda e Arte, que tem como organizadores a Galeria Central, Cine Olido e Galeria Pontes.
Para mais informações, visite:
Programação
Blog Mondo Moda
Veja SP

Obs: Todas as fotos são de divulgação da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua"

Por Carina Diniz

Não sei você, mas muitas vezes, sinto sede de uma boa música fazendo sucesso, mesmo porque, quando algo faz sucesso, de alguma forma você acaba ouvindo e o pior, algumas letras ficam na cabeça e teimam para sair. O que é bom para mim, não é e nem será, necessariamente, bom para você. Mas, certamente, músicas boas e ruins fazem sucesso, visto que, o conceito de “bom” e “ruim” é relativo quando se trata de tantos estilos musicais existentes.

Um tempo atrás, assisti no Programa do Jô, uma entrevista com o cantor pernambucano Otto. Até então, não o conhecia. Minha primeira impressão foi de um cara inteligente, mas um pouco maluco, o que foi comprovado quando ele começou a cantar. Ele brinca com as palavras de maneira articulada e não apenas letras e palavras que se combinam. A música
Saudade é um exemplo disso. Logo nos primeiros segundos você percebe o ritmo nordestino, que se não aparecer no ritmo, aparece em seu sotaque. Para Anderson Maciel, 21, o instrumental das músicas é melhor do que a voz do cantor. “Não gosto muito da voz dele e acho as letras um pouco estranhas”, afirma Anderson.


Otto cantando Crua no programa Altas Horas

Por não conhecer, em minha pequena opinião, achei que Otto não fosse muito conhecido. Foi então, quando ouvi a música Crua do álbum Certa Manhã Acordei Intranqüilo tocando na mais nova novela da Globo, Passione. Com a estréia da novela, o cantor ficou um pouquinho mais conhecido. Encontrei em três blogs pelo menos cinco comentários de pessoas buscando saber quem cantava a música Crua. Débora Barreto, 24, mora em Fortaleza (CE) e é fã no cantor. “Apesar de alguns palavrões, gosto muito das músicas dele", diz Débora. Na opinião da cearense, o álbum Certa Manhã Acordei Intranqüilo é o melhor da carreira de Otto.

Um pouco mais de Otto
Na opinião de Pedro Alexandre Sanches, colaborador iG Cultura: clique
aqui
No Programa do Jô: clique aqui
Na opinião dos leitores do Blog Som Barato: clique aqui
Um pouco da sua história: clique
aqui

*Foto de Jefferson Fernandes/FotoRepórter/AE

segunda-feira, 31 de maio de 2010

As reprises da Globo no Canal Viva

Está no ar desde o dia 18 de maio deste ano o novo canal da Globosat, Viva. O canal de tv paga estpa na rede da NET, SKY e Via Embratel. A verdade é que fiquei um pouco surpresa quando soube de seu surgimento porque não houve muita veiculação na mídia. Minha irmã é que chegou a comentar comigo que havia visto o canal enquanto estava na academia. Foi a partir daí que decidi dar uma espiada para saber do que se trata e se valia a pena falar alguma coisa por aqui. E aqui estou eu para dar meu veredito.

Em primeiro lugar, o canal Viva é nitidamente direcionado para as mulheres - como já deixa bem explícito no seu logo totalmente cor de rosa - e para os saudosos de antigos programas da Globo. É como se fosse um canal inspirado no "Vale a Pena Ver de Novo" da emissora carioca, visto que é feito inteirinho de reprises.



Isso que de início pode parecer uma crítica não é de todo ruim. Na programação de reprises consta o sucesso Sai de baixo que esteve na televesião aberta brasileira de 1996 à 2002, um dos programas de humor de maior sucesso da História por aqui, assim como boas minissérias, como A Casa das Sete Mulheres e a famosa Mulher que vai ao ar de segunda à sexta, às 20:15. Além disso as novelas Por Amor e Quatro por Quatro também fazem parte do canal repeteco.

"Estou adorando. Agora toda vez que estou na televisão dou uma zapeada no canal para ver o que está passando. Acabo sempre ficando por aqui", diz a estudante de 15 anos Letícia Alves. "A televisão de tarde é uma porcaria e o canal tem oferecido boas opções como a novela Por Amor", afirma.

Eu mesma, sou uma que já está aderindo ào canal. É engraçado ver Priscila Fantin bem novinha em Malhação, assim como a estreia de Camila Morgado. E muitas vezes assistir mais do mesmo é melhor do que o que tem passado por aí...A emissora também reprisa alguns programas da sua grade atual como Mais Você e Estrelas.

Saiba mais em:
Portal do Canal ; Blog do Crespo; Sai de Baixo

domingo, 23 de maio de 2010

Sessão Domingo

Por Flávia Costa
Esse tempinho que anda fazendo, tão típico da nossa cidade de São Paulo, combina perfeitamente com filme, seja ele em casa, debaixo de cobertor, seja no cinema, com a boa pipoca amanteigada do Cinemark, por exemplo.
Desta forma, tirei meu final de semana para me dedicar à sétima arte das duas maneiras e resolvi deixar aqui meu testemunho e dicas de filmes, que ficam ainda melhor em boa companhia.
O primeiro deles vai para aqueles que preferem dar adeus ao final de semana saindo de casa, pegando o tradicional cineminha no shopping. O Homem de Ferro 2 serve perfeitamente para aqueles que querem viajar completamente para fora da realidade, e leva bom elenco às telas, com Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Mickey Rourke, Samuel L. Jackson, entre outros.


O filme é repleto de explosões e fogos e coisas tipicamente masculinas e é recomendável se você tem um namorado apaixonado por tal estilo e órfão de Homem Aranha e Batman. Na minha opinião não agrega muita coisa ào primeiro, mas é um bom filme de ação, o elenco é afinado e tem até uns toques de humor. O filme segue aquela saga do herói bobinha de que o protagonista nunca machuca ninguém, mas que no fundo a gente adora.
Ah e a própria Scarlett, que todo mundo vive elogiando e destacando como a mais sexy do mundo não está lá essas coisas no filme. Mais um ponto pra levar o namorado!

Já essa segunda opção, Simplesmente Complicado, vai para aqueles que preferem não escutar a musiquinha do Fantástico no final da noite, mas preferem o bom aconchego de casa para se aproximar da segunda-feira. O filme conta com a atuação mais uma vez incrível de Meryl Streep, o que por si só já é uma boa recomendação para os amantes do bom cinema. A história é leve e ao mesmo tempo intensa e madura e rende ótimas risadas. Destaco a atuação de Alec Baldwin que andava maio sumido e volta muito cômico e convincente. Uma delícia de filme, com direito a triangulo amoroso na maturidade. Muitos podem considerar sessão da tarde, mas eu acho ótimo para qualquer horário. Vale para um cinema em casa com as amigas ou para os namorados que gostam de agradar as namoradas.

Saiba Mais :
* O Homem de Ferro 2 - Crítica; Trailler
* Simplesmente Complicado - Trailler; Crítica

sábado, 22 de maio de 2010

Escritores são mortais

Hoje fui a uma palestra do escritor Rodrigo Lacerda. Foi realizada na Paidéia, espaço cultural já citado no nosso blog. Não conhecia o escritor antes da palestra e saí de lá tão animada para ler um livro seu que resolvi dividir a minha experiência.
O Rodrigo já escreveu alguns livros e traduziu muitos outros, mas o que expôs hoje foram 6 livros de sua autoria para contextualizar a platéia em sua obra, seu universo.

O autor começou sua apresentação falando de seu trabalho de pós graduação que consistiu em escrever um conto, que acabou se tornando uma novela “O mistério do Leão Rampante”. Por este livro de estreia recebeu o Prêmio Jabuti em 1993.

Em seguida disse que sofreu a maldição do segundo livro. Contou que esta maldição é tão famosa entre os escritores que os franceses criaram um prêmio para parabenizar os segundos bons livros dos escritores. Bom, ele não receberia este prêmio porque seu segundo livro, "A Dinâmica das Larvas", não foi tão aclamado pelos críticos. Rodrigo expõe que acha que estendeu muito o clímax e isso faz com que o leitor se canse. Ele deveria ter intercalado cenas mais tranquilas com a tensão.

Do terceiro, "Tripé", a crítica realmente não gostou. “Foi um caos silencioso” disse Rodrigo. Já este o autor conta que, por conter crônicas, roteiros e contos os críticos não conseguiam encaixar em nenhum gênero e isso os incomoda. Todas estas explicações dadas pelo autor para falar sobre a aceitação de sua obra, não eram justificativas, mas sim a capacidade que teve de se distanciar de sua produção e direcionar uma visão crítica sobre ela.
Então pelo quarto livro, “Vista pro Rio”, Rodrigo foi indicado para três grandes prêmios. Se vencesse os três ganharia por volta de 200 mil reais. Entretanto não ganhou nenhum. O que o deixou triste não foi o fato de não ter seu ego acariciado, mas a perda da oportunidade de viver nos próximos anos com o dinheiro do prêmio, apenas escrevendo, sem ter que trabalhar para pagar as contas.

Mas isso não aconteceu e lá foi ele para o quinto livro. Acho que agora vou resumir porque meu depoimento já está um pouco grande. Bom, o quinto foi “O Fazedor de Velhos”, dedicado ao público infanto-juvenil. Este foi o grande sucesso de sua carreira, sendo que foi o escrito com mais improviso e menos compromisso. O sexto, que demorou oito anos para ficar pronto, é “Outra vida”, não tão aclamado como o livro infanto-juvenil, mas também sem o caos silencioso de “Tripé”.

O que mais me encantou foi ver que quem estava ali na minha frente falando era alguém como qualquer outra pessoa. Já teve sucesso, fracasso e continua a caminhar para alcançar seus objetivos. Não tem vergonha de mostrar seus defeitos e nem de brilhar com suas qualidades. Rodrigo consegue ter um distanciamento de sua obra invejável para qualquer um que se propõe a escrever. Ele enxerga o que faz como se fosse o leitor. Talvez seja por isso que entende o motivo de seus livros darem certo ou não.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Brancos e pretos, sem que nunca houvesse possíveis tons de cinza"

Por Carina Diniz
Queria ler um livro que não fosse desses muito famosos e conhecidos pela população em geral, mas que tivesse um enredo que despertasse interessante e fosse atrativo. Depois de algumas buscas na internet, encontrei o livro Desengano, do escritor e mestre em literatura brasileira Carlos Nascimento da Silva, publicado em 2006.

Li Desengano nos mesmos dias em que algumas amigas da faculdade estavam lendo. Todos os dias quando nos encontrávamos, compartilhávamos da mesma surpresa em relação à história e da mesma admiração pela maneira como o escritor escolhe as palavras enquanto descreve as cenas e nos conta a história.

O livro não é nada previsível! Quando você pensa que não é possível acontecer mais nada, pode ter certeza que virão surpresas nas próximas páginas. Ele é daqueles que você lê do começo ao fim. A história se torna ainda mais forte do que é por si só, em virtude do caráter minucioso da escrita do autor. Carlos Nascimento te faz entrar na cena enquanto vai detalhando tanto o campo físico quanto o emocional dos personagens. O que te faz conhecer tão bem o personagem quanto ele, o próprio criador dos personagens. As frases despertam admiração e também reflexão, como essa aqui: “Durante esse tempo sua expressão modificou-se, como uma atriz formando, na face, a expressão adequada à cena que se iniciava. Primeiro o rosto despiu da máscara social de representação quotidiana, da farsa de cada pessoa a cada dia, a cada hora, deixando, finalmente um rosto nu, despido de qualquer cobertura. E, nua, a carne abriu-se no que realmente era...” (este trecho está na Página 11). É importante ressaltar e avisar que a história não só é forte, como contem “cenas” recomendadas apenas para adultos.

Desengano, apesar de pouco conhecido, ganhou o prêmio Jabuti em 2007 na Categoria Romance. Em segundo lugar veio Vista Parcial da Noite, de Luiz Ruffato e em terceiro, Pelo Fundo da Agulha, de Antônio Torres. Jabuti foi criado em 1958 e é o mais tradicional prêmio de livro do Brasil. Segundo o site do prêmio, seu diferencial em relação a outros prêmios de literatura é a sua abrangência. São 21 categorias, entre elas estão: Contos e Crônicas, Poesia, Romance, Tradução de textos literários, Reportagem, Livros Infantis, Didáticos entre outros. O objetivo é destacar a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro seja de qual escritor for.

Assista ao LivroClip
feito por mim, as duas amigas em que compartilhava sobre o livro, Flávia Costa e Marília Miarelli. Ariane Donegati, Larissa Viviani e Luiza Mendonça, estudantes de Jornalismo, também fizeram parte dessa produção.

domingo, 16 de maio de 2010

Especial EXPOCOM- Parte II

Por Mariana Barbar e Marina Melo

Nessa segunda parte do post vamos focar na cidade de Vitória e nos pontos turísticos visitados. Apesar do pouco tempo que ficamos lá, visitamos alguns lugares que vale muito a pena ir:

- Convento Nossa Senhora da Penha: o taxista que nos acompanhou no tour nos contou que o conventou foi construído, pois segundo a lenda a imagem de Nossa Senhora da Penha que ficava nos pés da ladeira era encontrada misteriosamente no topo todos os dias. Ele foi fundado em 1558 pelo Frei Pedro Palácios e está localizado na cidade de Vila Velha. Podemos ver do alto do Convento toda a cidade de Vitória.

Convento Nossa Senhora da Penha

- Ainda na cidade cidade Vila Velha está localizado dos lugares muito procurado pelos turístas. A fábrica e loja da Garoto. Para conhecer a fábrica é preciso marcar uma visita, mas a loja está aberta até 18 hr. O telefone para marcar a visita é (27)3320-1707.

- Existe um número muito grande de praias, fomos na Praia de Camburi com 3 km de extensão e na Ilha do Boi, bem menor que a primeira e uma praia quase particular, com casas luxosas ao redor.


Praia de Camburi

- Vida Noturna: apesar de não ser grande como São Paulo a cidade tem uma vida noturna agitada com bares, restaurantes e baladas. A balada Clube Casa é a mais nova casa noturna, o espaço é decorado como uma casa mesmo. No teto, existe uma casa, com a cama, sofá, mesa e cadeira (tudo de cabeça pra baixo). Os bares estão localizados no chamado Triângulo, espécie de Vila Madalena paulistana.
Clube Casa

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Especial EXPOCOM- Parte I

Por Marina Melo e Mariana Barbar

Hoje começou o XV Congresso de Ciência e Comunicação na Região Sudeste (INTERCOM). O evento acontece na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória, até o dia 15 de maio e nós estamos participando. O tema desse ano é Comunicação, cultura e juventude e logo após a abertura oficial, aconteceram duas oficina: Media Trainning e Jornalismo Esportivo, além de minicursos como "Jornalismo Televisivo: Como Fazer" com Thiago Leighfer, apresentador do Globo Esporte da TV Globo SP e Carlos Tourinho da TV Gazeta, do Espírito Santo.
Chegamos na UFES e não havia nenhuma indicação do local. A organização do primeiro dia deixou a desejar, mas os alunos que fazem parte do apoio nos explicaram que além de se tratar de um ambiente enorme, eles tiveram problemas com a impressão dos cartazes e panfletos informativos.

Blog do evento: http://intercomsudeste2010.blogspot.com/


Um pouquinho sobre Vitória, ES:

A segunda capital mais antiga do Brasil é uma cidade muito simpática, organizada e bonita. A primeira impressão é que os moradores, além de oferecerem atenção aos turistas, tem muito respeito pelo local onde vivem. Ainda temos muito o que conhecer por aqui e vamos contar o máximo que pudermos.



Que feio, Globo!

Por Flávia Costa

A reta final de Viver a Vida - finalmente - aconteceu. Depois de ter fracassado com apenas 38 pontos de audiência, o menor da história das novelas do horário na emissora, o autor queridinho da Rede Globo, Manoel Carlos, se viu obrigado a adiantar o final de sua história de superação. O problema é que por conta desse adiantamento os últimos capítulos de hoje e amanhã durarão incríveis 2 horas ( ! ). Sem tempo para conseguir arranjar um desfecho ao longo da última semana, os telespectadores vão ser bombardeados com duas longas horas nesta quinta e na sexta feira. Para isso, os programas Globo Mar e Separação não serão exibidos.
Apesar de todo o comentário à respeito do fracasso da novela, há de se considerar que a queda de audiência em uma novela das 8 não é caso exclusivo de Viver a Vida. Sua própria antecessora, Caminho das Índias, chegou a bater o recorde de baixa audiência na época, com 39 pontos de audiência e acabou alcançando 54 pontos no seu capítulo final. As razões podem ter diversas raízes desde o cansaço com relação ao formato até a maior quantidade de opções oferecida por outros canais. Além disso, com a Internet o público está reiventando o jeito de ver novela, assistindo quando pode, por meio de sites de vídeos como o Youtube.
Falando de comentários sobre a novela, outro assunto muito comentado no dia de ontem (quarta feira, 12 de maio) foi a cena em que Luciana e Miguel estão na margem do Rio Sena, em Paris. Segundo os jornais mais importantes do estado, o Estadão e a Folha de S.Paulo, a cena foi muito mal elaborada por meio de um método chamado 'chroma key'. Era nitidamente feita no computador e chocou muitos telespectadores. Nossa própria integrante do site, Ana Alkmim, chegou a comentar que "se era pra fazer o que foi mostrado, era melhor não ter feito". Que feio!
Desta forma, fica claro que a Globo tem de repensar suas telenovelas. A melhorzinha do momento é a das 6, Escrito nas Estrelas. A novela das 7, nem se fala, fracasso total.
Com uma Helena sem graça e as velhas empregadas domésticas intrometidas, Maneco não alcança mais o público de antes. "Chega de Leblon!" muitos telespectadores dizem. E agora vamos para mais um repeteco de novela italiana, com Passione, mas estou de braços abertos, como noveleira de mão cheia. Só fico imaginando se não dá explorar um pouco da realidade de outros imigrantes... que tal os portugueses?

* Foto: Thiago Prado Neri - Rede Globo

terça-feira, 4 de maio de 2010

A Maravilha de Tim Burton


É incrível a força que uma produção da Disney ainda tem nos dias de hoje. Eu me lembro que ninguém se recordava mais de Alice no País das Maravilhas, quando de repente, anunciado o filme de Tim Burton, livros e imagens e as mais diversificadas edições da menina começaram a tomar destaque nas grandes livrarias do país. Eu mesma, que nunca fui muito chegada no clássico resolvi dar minha conferida num livro antes de mergulhar no filme.
Obviamente, como tantas outras pessoas fui atraída pelas imagens estonteantes de Johnny Depp como Chapeleiro Louco, que foi (muito!) divulgada e estava lá, no final de semana de estreia, na porta do Cinemark, enfrentando uma fila imensa de adultos e - adivinhem - pouquíssimas crianças!
De fato, a fotografia do filme é algo pra ninguém botar defeito. A maquiagem do ator é perfeita, assim como sua atuação, diga-se de passagem. O fato é que, o visual é tão bonito e agradável que tive a sensação de que a própria história foi deixada um pouco de lado e que o filme, em si, foi baseado só nas suas cores e efeitos especiais.
Li muitas críticas à respeito dos personagens: a maioria parece achar que os atores deram vida à simples caricaturas. Mas tenho a sensação de que esta tenha sido a vontade do diretor: uma rainha muito brava, a outra muito boa e um louco de ótimo coração. Tudo bem definido.
O filme foi disponibilizado em 3D mas não escolhi tal opção por duas razões: a procura é ainda maior e talvez eu seja um pouco do contra, mas acho que um filme de tal tamanho em 3D é muito cansativo para os meus olhos. Para falar a verdade, depois de Avatar e tantos outros filmes tão estonteantes visualmente, tenho sentido falta de filmes sem efeitos. Que delícia assistir um Poderoso Chefão durante essa semana, com pouquíssimos efeitos (hoje considerados pitorescos), no qual os atores são de fato protagonistas! Será que estou vivendo alguma espécie de nostalgia antecipada?



Saiba mais: Omelete, Trailler

sábado, 1 de maio de 2010

Os Dados Estão Lançados

Por Ana Alkmim

"O impossível é sempre mais sedutor que o possível. Depois que nossos valores já estão relativamente definidos, e a rotina, por mais tortuosa que seja, já triturou nossa semeadura inicial de ilusões, começamos a fantasiar as utopias.
Poder voltar, refazer ou atar os nós das pontas soltas de nossos objetivos, talvez anulasse os nossos medos e insatisfações.
E que espaço ocupariam o amor e o dever neste eterno retornar?
Seríamos salvos pelo amor? Morreríamos pelo dever? Ora! Mas não é o dever uma forma altruísta de amor?"
Foi este texto impresso na contracapa do livro Os Dados Estão Lançados, de Jean-Paul Sartre, que me atraiu. Depois de ler, realmente fiquei buscando respostas para estas perguntas e acabei comprando o livro para ver se as encontrava. Agora que acabei de lê-lo, posso dizer que achei respostas, mas também muitas outras perguntas surgiram a partir destas respostas. Uma das novas perguntas foi instigada pelo título do livro, e reforçada pela personagem Eve, ao afirmar que os dados já estão lançados e não se pode voltar atrás. Me pergunto: não se pode mesmo?!
Esta é só uma das perguntas. Com este livro o leitor (e eu como leitora vivenciei isto) é transportado para um universo em que questiona seus valores, suas atitudes, sua forma de ver o mundo e a forma como existe neste mundo. Todos estes questionamentos são inspirados por conceitos do existencialismo*. Sartre é o grande nome do existencialismo francês e com isso sempre se inspira em conceitos como o nada, o tédio, a angústia, a alienação, a solidão, o engajamento, o risco, entre outros.
Em um geral o livro fala do amor de duas pessoas, da morte, da relação entre os seres humanos, das diferenças entre classes, enfim, de assuntos que sempre permeiam o nosso cotidiano. Recomendadíssimo!

*Dicionário Michaelis:
existencialismo e.xis.ten.ci.a.lis.mo sm (existencial+ismo) Filos Doutrina que formula o problema da dimensão do ser do homem, afirmando que o existir é uma dimensão primária e radical e que todas as demais coisas se dão na existência; que não podemos derivar a existência do pensamento, visto já encontrarmos este radicado na existência. Modernamente, com Sartre, o existencialismo aproximou-se do niilismo, situando a essência do homem na liberdade, como uma coisa indefinida.

*foto do livro retirada do site http://www.obsesionfatal.blogspot.com/
**foto de Jean-Paul Sarte retirada do site http://www.havidaemmarta.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Prepare o laquê porque vamos falar de Hairspray

Na foto: Seaweed, Penny, Tracy e Link / Foto retirada do site da peça
Por Carina Diniz

Depois de 3 anos da refilmagem do Musical Hairspray para as telas de cinema, Miguel Falabella trouxe o espetáculo para o teatro brasileiro. Agora não mais John Travolta, Michelle Pfeiffer, Zac Efron, Nicole Blonsky, Christopher Walken, Brittany Snow, James Marsden, Queen Latifah... e sim Edson Celulari, Arlete Salles, Jonatas Faro, Simone Gutierrez, Edgar Bustamante, Danielle Winits, Frederico Reuter e Graça Cunha (respectivamente).

Tive a oportunidade de assistir tanto ao filme quanto a peça e, sem dúvida, mais uma vez, pude comprovar o quanto o “ao vivo” faz toda diferença. A orquestra é um dos pontos fortes – além do elenco, cenário e história – em virtude da emoção que nos causa. O gênero musical empolga. São 31 atores, cantores e bailarinos, 100 perucas, mais de 350 figurinos e 40 trocas de cenário, 350 mudanças de luzes e efeitos especiais. O musical se passa nos anos 60, nos EUA. Uma década de grandes transformações sociais e culturais, como movimentos civis a favor dos negros e homossexuais, o crescimento do rock, cinema e teatro de vanguarda. Hairspray traz reflexões sobre o preconceito, especificamente com “as gordinhas” e entre negros e brancos. E por isso, as peças teatrais ainda podem ensinar muito, assim como os jesuítas catequizaram os índios por meio do teatro. Não com o mesmo objetivo, claro! Mas, utilizando da mesma ferramenta: a imagem representativa, o poder de trazer reflexão com diversão.
Foto de Paula Kossatz do site da Veja São Paulo
Os aplausos a Edson Celulari no final do espetáculo revelaram o reconhecimento da sua maravilhosa atuação - clique aqui para ver a transformação dele, mas saiba que ao vivo é bem melhor. Sem nenhuma explicação Arlete Sales, nem Daniele Winits estavam na apresentação que fui. O que me deixou um pouco decepcionada. Ao final, Celulari deu destaque apenas para o patrocínio da Palmolive, no entanto a peça também tem o Teatro Bradesco, Cielo e Porto Seguro como patrocinadores. Além da direção de Miguel Falabella, o musical da Broadway conta com a produção de Sandro Chaim. Hairspray está em cartaz no Teatro Bradesco (Rua Turiaçu, 2100, Bourbon Shopping - SP) desde 18 de fevereiro e permanecerá até 13 de junho de quintas às 21h, sextas às 21h30, sábados às 17h e às 21h30 e domingos às 18h.

Serviço completo
http://www.teatrobradesco.com.br/_programacao.php?id=94&atracao=Hairspray

Você sabia que o teatro no Brasil começou como um instrumento pedagógico usado pelos jesuítas para ensinar passagens bíblicas aos índios? A imagem representativa sem dúvida tinha um resultado mais eficaz do que um sermão.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não recomendamos

Por Mariana Barbar

Gosto não se discute, não é verdade?Primeiro queria colocar que sou do time do "escute de tudo, veja de tudo, assista de tudo, leia de tudo", para que depois você possa criticar. O filme "Guerra ao Terror" da diretora americana Kathryn Bigelow, ganhador do Oscar, relata a história dos soldados americanos que estão no Iraque. Os atores principais são desconhecidos e jovens, pois a intenção do filme era mostrar a guerra nua e crua- como foi bem colocado por Marcelo Hessel no site Omelete - e não como um espetáculo. Concordo que o cotidiano dos soldados é relatado no filme sem muito espetáculo, porém o filme mostra inúmeras cenas dos soldados desmontando bombas. As três primeiras cenas de operação dá um certo friozinho na barriga, uma expectativa. Você pensa: será que ele vai cortar o fio certo?Mas na sexta operação você já não aguenta mais!A narrativa do filme chega a ser entendiante, ele acaba quase que se resumindo em um guia para desmontar bombas. O ator principal, interpretado por Jeremy Renner, faz o papel do herói com cara de malvado, que sabe exatamente o que fazer, quando fazer e além de tudo nunca tem medo de nada. Vale lembrar que no Brasil, o filme nem chegou a ir para os cinemas, pois em outros lugares teve um histórico de má bilheteria. Difícil dizer o porque do prêmio, ressalto o que disse no começo, gosto não se discute!


Trailer do filme "Guerra ao Terror"

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Notícias do Intercâmbio

Por Marina Melo

Uma grande amiga minha está morando na Austrália por alguns meses e para tentar amenizar a saudades, atualmente trocamos muitos e-mails.
Em meio a muitas novidades, desabafos e história, ela escreveu: “Tem um programa no Multishow que chama Intercambio e vai estrear na segunda que vem. Eu não sei se você ouviu falar..mas é a vida de alguns intercambistas, tipo um BBB, só que de intercâmbio. Uma das participantes está na Austrália ( aliás, estava..ela é uma das minhas amigonas que foram embora ontem) e eu conheço ela, saia com ela e tal...ou seja ...vou aparecer na tv hahaha... vou aparecer muito, porque gravei muitas coisas com ela. Até minha casa foi filmada porque minha hostmother queria conhecer essa menina.”
A minha primeira reação foi pesquisar um pouco mais sobre esse novo programa e começar a contagem regressiva para o dia da estreia...
Finalmente esse dia chegou. Hoje, dia 26 de Abril, às 22h30min, estreou no canal Multishow, Intercâmbio. O programa conta a experiência de quatro jovens brasileiros que se aventuram em quatro cantos diferentes do mundo. No primeiro episódio Matheus, Letícia, Raphael e Daniela se apresentam, falam sobre os projetos de viagem e participam de festas de despedidas.
O carioca Raphael, 21 anos, irá estagiar em Barcelona e depois se vai se aventurar em um mochilão pela Europa. Letícia, 22 anos, é estudante de administração e participará de um trabalho voluntário na África do Sul. Matheus, 22 anos, embarca para os Estados Unidos para trabalhar em um resort na neve. A mais nova participante, Daniela, 19 anos, interrompeu a preparação para o vestibular para fazer um curso de inglês e talvez trabalhar na Austrália.

Foto: Montagem com fotos tirado do site do programa

Apesar de curto (dura apenas meia hora e é exibido uma vez por semana), parece ser um ótimo programa e é claro que eu não vou deixar de assistir nenhum episódio.

Exibição:
Segunda-feira - 22h30min
Horários alternativos:
Quarta- feira- 14h
Quinta- feira - 15h30min
Sexta-feira - 8h30min e 17h30min
Domingo - 5h30min

Site do programa Intercâmbio: http://multishow.globo.com/Intercambio/

sábado, 24 de abril de 2010

Você conhece Maria Gadú?

Por Flávia Costa

Eu estava na casa de uma amiga minha, aqui perto da faculdade, esperando a digestão acontecer quando um som bom começou a tomar conta da casa. Demorei um tempo para reconhecer a música que tocava, e fiquei em choque ao perceber o quanto aquela música que há muito tempo eu considerava poppobre tinha se transformado em boa MPB. Era uma versão incrivelmente boa de Baba da cantora Kelly Key(isso mesmo, acredite!)
_ Marília*, quem é essa que tá cantando?
Minha amiga colocou a cabeça pra fora do quarto e com um sorriso lançou:
_ Boa, né? Você não conhece a Maria Gadú?

**Maria Gadú e seu cd de estreia, que leva seu nome
A partir de então essa pergunta ficou literalmente na boca do povo. Principalmente depois de ter entrado com tudo na trilha sonora de Viver a Vida, com Shimbalaiê. A verdade é que a partir do momento que descobri Maria Gadú, lá pra agosto do ano passado comecei a devorar tudo que ela produziu. Vídeos e mais vídeos do Youtube e mais uma versão deliciosa de Caleidoscópio no programa Som Brasil. Em setembro, ganhei de presente do namorado seu cd original, que diga-se de passagem também é visualmente regado de bom gosto. E comecei a fazer a pergunta para todos os amigos: Você conhece Maria Gadú?
Agora tá aí, todo mundo já conhece. A novela explora minuto a minuto, passagem por passagem da novela, sua boa voz, o que me preocupa, pois pode se tornar exaustivo. Além disso, a verdade é que o cd é repleto de outras boas músicas, muito maduras e com um embalo de MPB impossível de não contagiar. Para conhecer de fato a cantora é necessário escutar outras faixas suas como é o caso das minhas preferidas Altar Particular, Lounge e Tudo Diferente.

Sobre a cantora
Maria Gadú, na verdade se chama Maira e seu sobrenome complicado deu uma encurtada para o bonito e artístico Gadú. A moça tem só 22 e sua música de maior sucesso, Shimbalaiê, foi composta por ela quando tinha apenas 12 anos de idade. É paulistana, mas sua carreira deslanchou mesmo no Rio, em 2008, de maneira muito rápida. Já recebeu elogio de Milton Nascimento, Caetano Veloso e é queridinha de muitos famosos - como Luiza Possi e Preta Gil.
Muita gente rotula como a nova Cássia Eller, mas a semelhança se restringe à aparência e à boa qualidade. De resto, são muito diferentes. Em recente declaração, Maria disse "Gosto de tudo quanto é música. Sertanejo, Rock, Bossa Nova. Acho que sou um pouquinho de todos eles."
A quem interessar conhecer um pouco além da novela das 8, é só colocar o play aqui.



*Fica o agradecimento à amiga Marília pelo bom gosto musical.
**Fotos retiradas do site oficial da cantora

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Nós Recomendamos




Por Ana Alkmim


O Espaço Antenado começa hoje uma nova seção: Nós Recomendamos.

Neste espaço, faremos um apanhado do que já conhecemos, já lemos a respeito ou ouvimos de alguma fonte confiável que vale a pena. A recomendação pode ser de cinema, teatro, exposição; enfim, tudo o que gostamos de falar aqui.
Esta semana vai ser de TEATRO!
Espero que gostem das dicas e que comentem sobre o que forem assistir.
MERDA(*) para todos!
(*) fala tradicional dos atores antes de entrarem em cena para dar sorte nos palcos

A Alma Boa de Setsuan
A peça nos faz pensar em como podemos ser bons e ao mesmo tempo lidar com a competitividade do mundo de hoje. É dirigida pelo renomado diretor Marco Antônio Braz e conta com Denise Fraga no elenco. Ainda não assisti, mas morro de vontade. Boas fontes recomendaram. No teatro Tuca, da PUC.

http://www.teatrotuca.com.br/programacao/alma_boa.html

A Alma Imoral
É um monólogo representado pela atriz carioca Clarice Niskier, baseado no livro “A Alma Imoral”, de Nilton Bonder. A atriz adaptou o texto para o teatro de uma forma encantadora. Já assisti duas vezes e poderia ir mais umas 10. É daqueles textos que nos faz refletir no que somos internamente e como nos relacionamos com os outros. A discussão principal trazida pela atriz é a tensão entre tradição e ruptura. Está em cartaz no Teatro Eva Hertz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

http://www.livrariacultura.com.br/teatro/alma_imoral.asp

Policarpo Quaresma
O mito Antunes Filho dirige os atores do CPT na peça baseada em obra de Lima Barreto --"Triste Fim de Policarpo Quaresma". Vou assistir este fim de semana e conto prá vocês na próxima semana. É no Sesc Consolação.

http://www.sescsp.org.br/sesc/busca/index.cfm?unidadesdirector=51

Com o rei na barriga
Esta é para as crianças. Fui assistir e me encantei! O cenário é dinâmico e o figurino divertidíssimo. A mensagem que a peça trás é para as crianças, mas também interessa aos adultos: como seres humanos tão diferentes podem conviver em harmonia. Está acabando, só mais este fim de semana!!!

http://www.paideiabrasil.com.br/index.php/programacao

Circo Roda: Jogando no Quintal
O pessoal do Jogando no Quintal (jogo de improvisação de palhaços, que roda o Brasil há mais de 5 anos....imperdívelmaravilhosotemquever ) está no Memorial da América Latina no projeto Circo Roda. O legal do projeto é que os ingressos são a preços populares.

http://www.jogandonoquintal.com.br/ingressos.asp

***as fotos utilizadas na montagem foram retiradas dos links citados acima

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vacinar: sim ou não?

Por Marina Melo

Às vezes, mais fácil do que escolher um assunto "antenado" é deixar de comentar, informar, debater ou passar despercebido por ele. Atualmente as horas passam voando e quando notamos o dia já acabou. Junto com a corrida do relógio, existe a corrida por atualizar e ser atualizado, que muitas vezes gera a dúvida: "será que é tarde demais para isso?". Mas, quando se trata de saúde, nunca é tarde demais para se “antenar”.

Dia 8 de março começou a primeira etapa da campanha de vacinação da gripe A (H1N1), a famosa gripe suína. Apenas os trabalhadores da área da saúde e indígenas que vivem em aldeias do país puderam ser imunizados, da data início ao dia 19 e março.
A segunda fase foi direcionada às gestantes, crianças (com idades entre 6 meses e 2 anos), e os portadores de doenças crônicas e durou do dia 22 de março e até 2 de abril.
Os jovens de 20 a 29 anos estão tendo a oportunidade de se vacinar desde o dia 5 e poderão fazer isso até 23 de abril.
Entre 24 de abril a 7 de maio, receberão a vacina idosos com 60 anos ou mais portadores de doenças crônicas.
A quinta etapa acontece no período de 10 a 21 de maio, serão imunizados adultos de 30 a 39 anos.
Segundo a Folha Online, 113 milhões de doses foram adquiridas pelo Ministério da Saúde e a meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.
Como os demais assuntos polêmicos, esse gerou dúvidas, críticas e diversas opiniões. Alguns dizem que essa proteção é apenas parcial, outros alegam que ela não previne e muitos estão com receio de tomar a vacina e sofrerem graves efeitos.
Mas, o que se pode afirmar é que se trata de uma medida preventiva, por isso, fica a critério de cada um.
Eu optei por me vacinar na segunda-feira e até hoje não tive nenhuma reação anormal.

Para informar e esclarecer dúvidas, além do site (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm ) o Ministério da Saúde possui o Disque Saúde (0800 611997) .

Foto: Site Dagmar News

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A vida de uma atriz - ou seria escritora?

Por Flávia Costa

Quando alguma famosa resolve se aventurar em alguma coisa nova, coisa mais natural do mundo é encarar a novidade com certa desconfiança. É natural olhar com olhos ansiosos quando a modelo Alinne Moraes resolve virar atriz ou quando a cantora Sandy decide embarcar em um novo tipo de música. A verdade é que muitas vezes essa decisão pode resultar num fracasso, mas em outras poucas pode terminar em uma surpresa boa.


Foi assim com o Livro "Uma vida inventada - Memórias trocadas e outras histórias", da atriz (e também escritora) Maitê Proença. Peguei o livro como quem não quer nada, e acabei surpresa: não é que Maitê escreve bem? O livro é uma mistura de viagem de bordo - a moça viajou, viu? - com uma biografia bastante sofrida e bem surpreendente.


Maitê, sua mãe Margot e sua avó na sequência

Quem vê cara não vê coração e isso fica claro quando lemos a história da atriz e começamos a perceber que por trás da beleza que sempre chegou antes de seu talento e dos diversos papéis que ela interpretou, existe uma vida peculiar, digna de novela. Maitê discorre sobre si mesma sem um pingo de autopiedade, mais propensa à determinadas críticas a si mesma do que qualquer outro argumento.

E isso, concluo eu, é positivo. Em determinada parte do livro ela diz " Eu mesma, no íntimo, sou bem comum" e enquanto discorremos sobre as páginas sentimos exatamente o oposto. Talvez a atriz tenha tido uma vida extraordinária e completamente diferente da nossa, pobres mortais, mas interiormente, suas inseguranças, medos e ressalvas são comuns.

Enfim, não é o melhor livro da literatura nacional recente, mas é uma boa leitura para o universo feminino que talvez não nos leve a reflexão alguma, a não ser a compreensão da história e a revelação de outra pessoa. Famosa. E cá entre nós, adoramos isso!